É semana farroupilha Vou pegar uns pila' graúdo' Me largar rumo à fronteira Dançar um fandango cuiúdo Lá, a gauchada se abraça Defendendo as tradições De braço aberto e sem luxo Pra receber os gaúchos Que vêm de outros rincões O Rio Grande se agiganta numa noite fandangueira Peões e prendas dançando ao som da gaita manheira A tradição se engrandece e o nosso xucrismo cresce Quem dança, jamais esquece dos fandangos da fronteira Na Santana, o baile véio' É coisa linda de se olhar Alegrete e Uruguaiana Vai até o dia clarear A noite fica pequena Num fandango em Quaraí A gaita chora faceira Com sotaque da fronteira Nas noitadas do Itaqui O Rio Grande se agiganta numa noite fandangueira Peões e prendas dançando ao som da gaita manheira A tradição se engrandece e o nosso xucrismo cresce Quem dança, jamais esquece dos fandangos da fronteira Em Bagé, tem prendas lindas De balançar o coração A moçada se entrevera Em Santiago do Boqueirão Dom Pedrito e Cacequi Na velha São Borja brota Bailes que deixam lembrança Que faz o índio que dança Gastar a sola da bota O Rio Grande se agiganta numa noite fandangueira Peões e prendas dançando ao som da gaita manheira A tradição se engrandece e o nosso xucrismo cresce Quem dança, jamais esquece dos fandangos da fronteira Nunca esquecendo dos fandangos buenos do Chuí, Jaguarão, da velha Bossoroca, Maçambará, Rosário, Porto Xavier, companheiro. E o sapucay da fronteira, é claro, companheiro véio'