João Luiz Corrêa

Cadê o Bugio

João Luiz Corrêa


Tô chegando e me gusta escutar um bugio
Que o Rio Grande pariu na mata serrana
Socado no fole, marcado nos baixos
É o tranco mais macho da terra pampeana

Tá extinto nos bailes o tranco macio
Cadê o bugio roncador das manhãs?
Perdeu-se no más na invernada da estância
Dando vida à ânsia saudosa dos fãs
Perdeu-se no más na invernada da estância
Dando vida à ânsia saudosa dos fãs

Quem sabe, algum dia, retorne à querência
A xucra essência que o tempo mudou
O baile de rancho à luz de candieiro
E o bugio matreiro que a gaita tocou

Quem sabe, algum dia, retorne à querência
A xucra essência que o tempo mudou
O baile de rancho à luz de candieiro
E o bugio matreiro que a gaita tocou

Legendário serrano do alto da pátria
Deixou sua marca no pampa sulino
Quem vive e conhece nossa tradição
Amarga a extinção desse bicho teatino

Nos bailes de rancho, seu tranco é bagual
Figura imortal, simbolismo sem luxo
Imploro que voltes em vida de novo
Pra ouvir deste povo, o bugio é gaúcho
Imploro que voltes em vida de novo
Pra ouvir deste povo, o bugio é gaúcho

Quem sabe, algum dia, retorne à querência
A xucra essência que o tempo mudou
O baile de rancho à luz de candieiro
E o bugio matreiro que a gaita tocou

Quem sabe, algum dia, retorne à querência
A xucra essência que o tempo mudou
O baile de rancho à luz de candieiro
E o bugio matreiro que a gaita tocou

Quem sabe, algum dia, retorne à querência
A xucra essência que o tempo mudou
O baile de rancho à luz de candieiro
E o bugio matreiro que a gaita tocou

Quem sabe, algum dia, retorne à querência
A xucra essência que o tempo mudou
O baile de rancho à luz de candieiro
E o bugio matreiro que a gaita tocou