Gaiteiro velho, capricha numa vaneira Bem fandangueira pra gente se encambichar Que o bom campeiro não se enreda na maneia Monta e apeia e faz a poeira levantar A polvadeira toma conta do salão Sobe do chão e se arrancha na cunheira É desse jeito os baile da minha terra No alto da serra fala mais alto a vaneira Dê-lhe vaneira, gaiteiro, dê-lhe vaneira Tranco de fole, convida o povo pra sala Dê-lhe vaneira, gaiteiro, dê-lhe vaneira Que o mundo treme numa vaneira baguala Dê-lhe vaneira, gaiteiro, dê-lhe vaneira Tranco de fole, convida o povo pra sala Dê-lhe vaneira, gaiteiro, dê-lhe vaneira Que o mundo treme numa vaneira baguala Essa vaneira quase mata o dançador Que, no calor, se embriaga de emoção É contagiante o balanço da cordeona E as querendonas que embelezam o meu rincão Uma vaneira encilha a alma das noitadas Pelas cruzadas do sul desse meu país Em cada canto tem um fandango gaúcho Simples, sem luxo, que faz o povo feliz Dê-lhe vaneira, gaiteiro, dê-lhe vaneira Tranco de fole, convida o povo pra sala Dê-lhe vaneira, gaiteiro, dê-lhe vaneira Que o mundo treme numa vaneira baguala Dê-lhe vaneira, gaiteiro, dê-lhe vaneira Tranco de fole, convida o povo pra sala Dê-lhe vaneira, gaiteiro, dê-lhe vaneira Que o mundo treme numa vaneira baguala Dê-lhe vaneira, gaiteiro, dê-lhe vaneira Tranco de fole, convida o povo pra sala Dê-lhe vaneira, gaiteiro, dê-lhe vaneira Que o mundo treme numa vaneira baguala Dê-lhe vaneira, gaiteiro, dê-lhe vaneira Tranco de fole, convida o povo pra sala Dê-lhe vaneira, gaiteiro, dê-lhe vaneira Que o mundo treme numa vaneira baguala