O nego caco me assuntou de um bate-coxa no salão do carça-froxa, no rincão do risca-faca baile afamado, cheio de prenda faceira tava armada a borracheira, pois hoje ninguém me ataca. Lá da porteira, avistei o entrevero dáva pra ouvir o pandeiro e o gemido da cordeona a matungada relinchando no arvoredo e os gritos do chinaredo, pateando qual redoma. Tem cordeona e tem festança, num salão de chão batido Chinaredo a bola pé, querendo arranjar marido tem cordeona e tem festança, num salão de chão-batido fandango no risca-faca, é sempre mais divertido O nego caco me gritou: passe pra dentro já tá bufando o fermento, e o salão véio tá estufado puxa gaiteiro, uma vanera bem cuiúda já tem umas três beiçuda me bombeando do outro lado. Me atraquei numa morena espavitada mais enfeitada, a marvada, do que toalha de cigano varemo a sala num trotezito de ganso acompanhando o balanço, da cordeona do paisano. Fedeu a porva e relampeava o facão encostado no balcão, o nego caco peleava com três maleva que abusaram da canha e um bochincho de campanha, no salão já se armava. O carça-frouxa, deu de mão num três oitão foi pro meio do salão e furou o teto a bala - Ocêis não vão me escuiambar o fandango! gritou estalando o mango: quero respeito na sala!!!