Nasci meio por engano No meio de uma manada A minha mãe me pariu Voltando de uma tropeada Sou crioulo desta terra Me criei como peão Com poucos anos de idade Já montava em redomão. Sou do sul do meu país Com a graça do patrão Me criei cravando espora No couro de redomão Meu vício é gaita e cantiga E um fandango de galpão Meu vício é gaita e cantiga E um fandango de galpão. E assim eu fui crescendo Domando potro cuiudo Arrastando o chinaredo Prá os pelego cabeludo Neste jeitão teatino Num estilo bem campeiro Sou a seiva do meu povo Na herança do tropeiro. Sou do sul do meu país Com a graça do patrão Me criei cravando espora No couro de redomão Meu vício é gaita e cantiga E um fandango de galpão Meu vício é gaita e cantiga E um fandango de galpão. Quando findar o meu tempo Arrebentando o meu sovéu Vou me ajustar de guasqueiro Na estância grande do céu Sigo trançando o meu laço Com perícia e inteligência E se são pedro descuidar Juro eu volto a gauderiar Nos pagos da minha querência. Sou do sul do meu país Com a graça do patrão Me criei cravando espora No couro de redomão Meu vício é gaita e cantiga E um fandango de galpão Meu vício é gaita e cantiga E um fandango de galpão.