João Luiz Corrêa

Tropeando lembranças

João Luiz Corrêa


O dia amanhece levanta a peonada pra lida pesada ou aparte

Da tropa,
O índio campeiro de pingo encilhado, repontando o gado, a

Saudade galopa.
Trazendo lembranças de um dia tropeiro, um sonho

Estradeiro com o vento se foi,
Deixando no tempo um passado de glória, na poeira uma

História de cavalo e boi.

Se um dia a cidade num sonho teatino
Me fez do destino um a realidade.
De quando menino tropiei pensamentos,
Vivendo momentos que restam saudades.

É no entardecer que a lembrança aperta, a porteira aberta

E o gado passando.
Relincha o cavalo, late a cachorrada, se olho pra estrada

Me vejo tropeando.
Essas reminiscências de peão da lida, de vida sofrida com

Idade avançada,
Tesouro guardado no fundo peito que é meu por direito e eu

Não troco por nada.