A boca da noite, meu pingo encilhado Me olha entonado rodeando o palanque O mês inteirinho lidando na estância O clamor dessa ânsia não há quem estanque. Bombacha novinha, comprei no bolicho E dê-lhe capricho num banho de sanga Sorriso na cara, que ás magoas espanta Me vou pra bailanta campeando uma tianga Refrão: E dê-lhe que dê-lhe é trote a galope Meu pingo estradeiro conhece este taita E na ânsia de baile, de china e alvoroço Parece que ouço um resmungo de gaita Na volta do cerro, na beira do passo Escuto o compasso de gaita e pandeiro Me apeio na frente do rancho barreado E não fico assustado do olhar do potreiro. Já parto, já entro e me vou lá pra copa Meus olhos se topa no olhar da morena Eu penso comigo é essa que aperto E a noite por certo vai ser bem pequena