Dançador e buchincheiro sempre fui desde piá Gosto de um trago de canha, de fandango pra dançar De um arranca rabo grosso, destes de a adaga entortar Uso uma adaga de esse que entra e sai fazendo rombo Já castrei cuíudo a laço, nunca caí nem um tombo Pode-se virar do avesso, que não me tira do lombo REFRÃO Dançador e buchincheiro É a sina deste gaudério Se levar carão de china Já saio fora do sério Pra pelear to sempre pronto Não carrego desafouro E ai de quem tropique e pise No pala deste criolo Fanfarão não me intimida, nem ligo pra cara feia Dou até rasteira em cobra se me surgir na peleia Laço guampa até de môcho e defendendo as duas orelhas Também tenho um marca touro que afio até num tijolo E uma das coisas que eu gosto é me entreverar num rolo Ai de quem tropique e pise no pala deste crioulo REFRÃO Em fandango bato casco com preta, clara, alemoa... E não interessa a idade pode ser nova ou coroa Se não tem tu, vem tu mesma pra mim qualquer carne é boa Quando entro num fandango, eu logo pinduro o pala E digo ao gaiteiro toca uma vanera baguala E me atafuio na dança de afundar o piso da sala. REFRÃO Se um lacaio me retruca puxa da adaga ligeiro E se me vejo acoçado dou-lhe um tiro no candieiro É no escuro que eu gosto de terciar num entrevero Me destorço e bato zinco, ninguém me amarrota o pano Dou-lhe tiro bixo do trinta avermelhar o cano E levo a mais linda da sala na garupa do tubiano.