João Lucas Cirne

Um Campo Bom brasileiro

João Lucas Cirne


A gaita matou a viola o fósforo matou o isqueiro
A bombacha, o chiripá e a moda, o uso campeiro!
Mas até que chegue o dia, da história vou recordando
Reina a viola soberana, pra caboclada ir dançando ai ai
Pagode

Do português primitivo, para o Brasil colonial
São bate-pés, bate-palmas, ganhando tom regional!
Mescla de luso com índio onde o caboclo se fez
Virou tropeiro e gaúcho pra viola ter sua vez
Virou tropeiro e gaúcho pra viola ter sua- vez

Deu catira deu fandango bate esse pé no chão!
Canta, povo brasileiro na voz de um campo bom!!!
Sapateia, bate o taco, que a viola tá chorando
Se matarem a viola, triste de mim - vou penando
Pagode

Gente de mato e roçado de campo bom e de areia
A fala é nas castanholas, puxando linha em fieira!
Chama a atenção no barulho, que é hora de sapateio
No fandango a chinóca conversa pelos meneios!
No fandango a chinóca conversa pelos meneios!

Deu catira deu fandango bate esse pé no chão!
Canta, povo brasileiro na voz de um campo bom!!!
Sapateia, bate o taco que a viola tá chorando
Se matarem a viola, triste de mim - vou penando
Intro viola

Nasceu, então, o minueto e a viola permaneceu
Levante virou passeio caboclo não se perdeu!
E ao tomar a mão da moça, quanta emoção se sentiu
Era a dança se moldando, ao sul do nosso Brasil ai ai
Intro viola

Chora, viola danada canta, feito um rojão
Que o fandango tá na sala, pra repicar no taboão!
Deu tyrana, deu canária pra bater pé no salão
Nasceu anú, querumana que vem na palma da mão

Deu catira deu fandango bate esse pé no chão!
Canta, povo brasileiro na voz de um campo bom!
Sapateia, bate o taco, que a viola tá chorando
Se matarem a viola, triste de mim vou penando