Em meio aos destroços da Guerra Mãe, mulher andarilha e guerreira Peregrina sem teto, sem nada Era Anahy Missioneira Constante cenário de morte Só havia corpos sem vida Rastros de sobrevivência Entre chegada e partida Entre chegada e partida Uma fera ao cuidar suas crias Uma uma filha parindo ao relento Anahy se preciso matava Para livrar Para livrar alguém do sofrimento Assim era, Anahy de Las Missiones Cabresteava a própria vida nas veredas Na vastidão entre serras e coxilhas Uma andarilha nos confins das incertezas Os seus bens eram seus filhos E a filha uma joia formosa Oculta aos olhos dos homens Ao se passar por leprosa Ao se passar por leprosa Luna sonhava em casar e ter filhos Ter um amigo e família para amar Até que um dia o Paisano entregou-se Sentiu no ventre a semente germinar Cuidou seus filhos para que não fossem para a guerra Essa história não há quem não emocione Pois foi mulher foi amante foi valente Foi somente Anahy de Las Missiones Assim era, Anahy de Las Missiones Cabresteava a própria vida nas veredas Vastidão entre serras e coxilhas Uma andarilha nos confins das incertezas Na vastidão entre serras e coxilhas Uma andarilha nos confins das incertezas