A distância era fria como o aço E a canção do amanhecer Soava pesada como um trovão Eu vi uma amizade desvanecer Sofri ao sentir falta do passado Das conversas, dos sonhos, dos papos Da vontade de viver conforme Deus quer A solidão da inimizade Calejou com fogo a esperança E escureceu por dentro O sorriso de criança E sepultou o acreditar Na mão de outro irmão No meu irmão Até que do alto veio o amor Vi, em nós, que o orgulho É o lado mais forte da dor E no falar, num perdão Um amigo, com Deus, se refez A alegria da “reamizade” Renova, com luz, a esperança Alegra por dentro o espírito E deixa olhando, como uma criança Os horizontes que Deus criou Dos horizontes que Deus criou Para quem só quis viver e amar