O samba é feito o sangue Corre na veia do morro O samba é feito o sangue Corre na veia do morro Acorda, desce pra trabalhar É madrugada Faz sinal pra lotada, na vaga apertada, pedindo licença vai se acomodar Segue rumo a empreitada a viagem é longa e lhe faz lembrar Da velha batucada e da rapaziada na mesa do bar Sabe como a vida é dura e também como se cura esse seu penar O sorriso da mulata quando entra na roda lhe faz lembrar O samba é feito o sangue Corre na veia do morro O samba é feito o sangue Corre na veia do morro Um cavaco Um pandeiro e um tantan Leva a viola Tamborim na batida é roda reunida Eu canto meu samba até quando aguentar Na subida tortuosa meus passos já sabem onde vou chegar Deixo meu corpo sambando, nas curvas da estrada conheço meu lar Uma caixinha vazia, dois dedos por cima tentando sambar E só me resta no peito alegria, cansaço e um palpitar no compasso do Samba é feito o sangue Corre na veia do morro O samba é feito o sangue Corre na veia do morro