De Sol a Sol atravessando o sertão Montado em seu alazão, tocando a sua boiada E lá na frente um berrante repicando A boiada acompanhando até o fim da jornada (Vai boiadeiro, vai boiadeiro) O boiadeiro caprichoso, moço forte Ele é filho do norte, brasileiro, sim senhor O seu cavalo mais veloz do que o vento Puxando boi pelos tentos no seu laço pegador (Vai boiadeiro, vai boiadeiro) De tardezinha quando o Sol vai se escondendo Faz o fogo no sereno e para pra descansar E a boiada que caminha para o corte Não entende que a morte não demora pra chegar (Vai boiadeiro, vai boiadeiro) Veja a aurora, o novo dia que vem Boiadeiro muito além da sua terra está Não vê a hora de entregar a boiada Pra rever a sua amada que ficou a lhe esperar (Vai boiadeiro, vai boiadeiro) (Vai boiadeiro, vai)