Eu sou um pobre caboclo Ganho a vida na enxada O que eu colho é dividido Com quem não prantô nada Se assim continuar Vou deixar o meu sertão Mesmo os olho cheio d'água E com dor no coração Vou pro Rio carregar massa Com os pedreiro em construção Deus até tá ajudando Tá chovendo no sertão Mas prantar pra dividir Não faço mais isso não Quer ver eu bater enxada no chão Com força e coragem, com satisfação? É só me dar terra pra ver como é Eu planto feijão, arroz e café Vai ser bom prá mim e bom pra o dotô Eu mando feijão, ele manda trator Vocês vai ver o que é produção Modéstia à parte, eu bato no peito Eu sou bom lavrador Mas plantar pra dividir Num faço mais isso não!