Ando por aí sem rumo Sopesando meu penar E a miséria deste mundo Cortejando seus fantasmas Por entre mil caravanas Atravessando castelos De areia tão branca, tão branca Que parece o nada mesmo O nada infinito e simples O nada em que nada seja Em que espontâneo melindre De um ribeiro não serpenteia Em que verdíssimas folhas Não subtraem a luz, luz Débil, recente e tão nova Filtrada por comas invisíveis Que flutuam no ar; em que Um oásis vejo em miragem: A ilha imersa, o sambaqui Pré-histórico que me cabe Donde venho de exumar Fósseis de estrelas extintas Vestígios de homens, de múmias De corais de um mar que havia