Nós nos veremos toda vez Que o Uruguai trouxer a balsa Banhando a ausência costumeira De quem se esvai rubeando garças Costeando a cerca do infinito Onde o destino toma mate Bombeando as tardes Domingueiras de verão Nós nos veremos cada vez Que a floração pilchar a mata Arrebanhando outra quimera Por quem te espera depois das águas A insinuação do teu perfume A inspiração do teu cantar Há quanto tempo encurto o tempo pra chegar Enquanto este rio der cancha E a pampa qualquer acolhida Eu vou marumbeando esperanças Nos charcos depois da partida Mas meu braço de remar parelho Quebrando o espelho do meu navegar Irá te fazer as vontades ao ver Que a saudade te manda voltar