Mais um sureño que se orgulha das origens Tenho puer berço meu sagrado chão fronteiro; Cruzando as léguas do rio grande de allá Abri porteiras no meu mundo de campeiro. Um par de estrelas cantadeiras nos garrões O aba larga, o campomar prá o tempo feio, Moldam a estampa do centauro das estâncias Quando eu e o pingo nos unimos pelo arreio. Refrão: Nestes galpões enfumaçados da fronteira Pitando um baio cevo um mate de "yerba buena" E, satisfeiro, ao recorrer as semarias É que agradeço pelo dom de ser torena. Domas, esquilas, alambrados e tropeadas, Revelam o bronze com a suor de sol-à-sol E o timbra macho de "eira boi, forma cavalo", Durante as charlas se traduz num portunhol. Força no braço para o laço e o marca-touro, E um desempenho com perícia na encilha Sou tapejara dos embates do destino Que só a prenda com carinhos põe rendilha. Crioula essência de gaudério e pêlo duro O martin fierro é a minha referência Apaisanado na fusão de duas pátrias Tive outorgada a fronteiriça procedência. Refrão...........................