Meu amor eu quero cantar de novo Abraçados, suor escorrendo solto Me soltando, sentindo teu, beijo o corpo Abraçados querendo cantar de novo E remendo retalhos do meu amor Tá guardada a surpresa do meu calor Teu calor que faz me entender em dobro Abraçados por meio do meu amor Minha linda menina é tudo pra mim Da janela que era de um imenso jardim E a mão dela, à espera, não quero dormir Tá na Serra Canastra, na beira do rio Pra beira do rio eu vou Beira do rio eu vou Para mim Para mim Pra beira do rio eu vou Beira do rio eu vou Terá que me banhar Beira do rio Tô contando pra vê quanto tempo leva Encontrando brecha de luz na caverna E Apagando o silêncio com uma lanterna Vou pensando juízos de primavera Se for pouco, d’um saco das desilusões Despejando meus bichos de nichos medonhos Assombrados nas vidas de confusões Vou deixando isso e tu vai me chamando Na caatinga que linda demais lá vem ela Lá na mata, na casa de taipa da na serra Nas manhãs quem me dera meu Deus quem me dera Abraçados sentados cantando na relva Outra vez, eu canto outra vez, cantar Eu canto outra vez cantar Canta outra vez cantar Outra vez cantar Tô contando pra vê quanto tempo tem Caminhando pra frente que nunca vê sem Naufragado na ilha do teu sabor Tá laçado o destino do nosso amor Tô chamando gemendo calado Solidão, no peito cravado O afã de um beijo roubado Tá guardado o segredo do meu amor