Essas são as minhas últimas linhas Os meus últimos versos Em cada palavra renasço Em cada estrofe me despeço Esse são meus últimos versos Últimas linhas Se o amanhã é incerto Por hoje eu só faço a minha Essas são as últimas Meus últimos versos Em cada estrofe me despeço Voltei do futuro, desconexo Chapei, com racismo reverso Não sei, se são os últimos versos Mostrei, muito mais do que o inverso Caguei pro seu discurso desonesto Eu sei como sou todo complexo Várias, fita eu deixo quieto Meus versos, são raiz do seu projeto Respeita, cada qual no seu dilema Tô com o d Deus e isso é problema Mais seu, e a gente se contenta Não nos (não), tire a paciência Se não, (vai) vai virar passado Responda, (o que?) se for perguntado Meus laços, mostram o caminho E eu sei, que não tô sozinho Vou na paz Pelo que fiz e Pelo que hei de fazer História escrita Ninguém pode apagar Só quem vai Só quem é Só quem puder entender Vou indo embora Que é pra não me perder No voltar Se deixei Saiba que levarei Comigo aonde for História escrita Ninguém pode apagar Vai na fé Assim que é Só quem puder entender Pra que rimar Se no final já sei que vou partir Agora posso descansar Meu corpo não aguenta mais Meus ossos doem Os sete palmos que andei Noites à sós Uma Lua dois sóis Coisa de preto nessa lápide Guardo a moeda em meus olhos A travessia é longa então Melhor sair logo Antes tarde do que nunca Não me aguentaram vivo Imagina em verdade e espírito João e Vinícius Essas são as minhas últimas linhas Os meus últimos versos Em cada palavra renasço Em cada estrofe me despeço Esse são meus últimos versos Últimas linhas Se o amanhã é incerto Por hoje eu só faço a minha Essas são as últimas Meus últimos versos Em cada estrofe me despeço