João D Deus

Bar da Vida

João D Deus


Sex on the beach
Um mojito ou gin tônica
No bar da vida
Fecha a conta ou passa a régua
Frutos cinzas e seus paladares
Esconderam as cores
Das catástrofes
Cê veja como é irônica a vida é

Bela d'italia
Cuidado onde pisa
Podia ser mastroianni
Virou roberto benigni
Essa ressaca é um jet leg infinito
Desde a partida
É algo que o neon ofusca
Dentro do olho que brilha

Qualquer gole que me ajude a
Não lembrar de esquecer
Outra dose da
Garrafa de S.O.S
Sirva cianureto e
Todos bebem
Numa palavra que amarga
O que ninguém pode conter

Encontrar porque perdi
Na gota do resgate
São Bernardo me abençoa
Ceia, pão e conhaque, amor
Isso é um boteco
E o meu peito agora é um copo
Aonde eu finalmente posso
Essa minha lágrima enxugar

Degusta meia taça
Desgosto amargo um gosto sem gostar
Um querer sem poder
Que engasga
Envelhecido e seco
Na boca te enjoa
Veneno que destila
Doce líquido num cálice

Degusta meia taça
Desgosto amargo um gosto sem gostar
Um querer sem poder
Que engasga
Envelhecido e seco
Na boca te enjoa
Veneno que destila
Doce líquido num
Cálice só

Pedi tequila me deram leite materno
Só quero sair daqui e ser mais correto
Me afogar no mar da cura momentânea
Esquecer por um segundo a vida errônea
Sou um engradado de todo o rancor
Fingindo ter a cura seja pro que for
Nesse inverno quente de amor fraterno
Superando o interno, dos tempos modernos
Por um grande momento
Veneno eu quero
Pra continuar, ser
Um mero subalterno

Mas aqui eu era rei
Pagava a rodada
Na saideira da vida
Eu não sou mais nada
E na dança do tempo
Fiz baryshnikov
No drink da morte
Tomei mais um gole
Pra ressaca da alma
Tomei um engov
Matei minha sede
Com coquetel molotov

Acende um beck no meu molotov
Acende um beck no meu molotov