Gaúchos que levam consigo Anseios e sonhos nos olhos atentos Na sina andarenga de abrir horizontes Rasgar as fronteiras, fazer os momentos. Gaúchos migrantes de mãos calejadas Nos cabos de enxadas nos tempos dos laços Que levam a terra correndo no sangue E a alma encharcada de poeira e mormaço. Gaúchos errantes que levam no peito A ânsia incontida que explode não chão Em novas sementes de paz e progresso Que os filhos do sul vão semear em canção. Em meio ao trabalho que rasga fronteiras Renascem gaúchos da antiga raiz Que fez do rio grande celeiro de raças Pra em tempos de paz invadir o país.