Depois que você se foi solidão cercou o pago A noite perdeu o sono e o mate ficou amargo Há um vazio de tapera, um silencio insatisfeito A vida gastando as horas, bate bumbo no meu peito E eu ando neste mundo grito, grito e não me ouço Quando chamo por mim mesmo no espelho fundo do poço O que dói na solidão não é dor de vida ausente Mas essa morte infinita que vai vivendo na gente O rancho estala nas tabuas, me condena, faz alarde E o catre vazio me mata quando geme de saudade Paira um perfume de amor que toda noite se exala Cheiro de um corpo febril que ainda arde no meu pala Pior que tudo isso é uma dor que não tem fim Que morreu em você e permanece vivo em mim