João Caetano

Guardião

João Caetano


É uma entrada vazia
É uma estrada comprida demais
Esse vento em meu rosto,
Insistindo, empurrando pra trás
Passageiro foi tudo que fiz
Solitário nas lutas que eu quis
Não me resta mais nada
A não ser uma estrada a mais

É uma vida vazia
É uma vinda comprida demais
A verdade em meu rosto
Insistindo, empurrando pra trás
Solitário nas lutas que eu quis
Disfarçado, quem dera feliz
Companheiro da noite
Nos rumos que eu nunca sei

No meu peito esse livro
Fechado que eu nunca abri
Apagado na mágoa de ser
Desse nada o guardião
Eu só guardo lembranças
Não quero me dividir
Na presença, nos passos, no fim
Que essa estrada levar

No meu peito esse livro
Fechado que eu nunca abri
Apagado na mágoa de ser
Desse nada o guardião
Eu só guardo lembranças
Não quero me dividir
Na presença, nos passos, no fim
Que essa estrada levar