Deixe a porta aberta que hoje mesmo eu volto Feche as janelas que o outono já chegou Tiro roupa, cai a chuva, eu nem me importo Tempestade eu viro o copo e faço derramar Quem és tu, pra dizer o que é certo e tropeçar? Cada gota, cada gesto é o que nos sobra Quanta coisa aconteceu, cê nunca deu valor Quanta roupa, quanto vício, pesa as costas Pela vida ouvi dizer que o pior cego é quem não quer ver Por que, por que estamos aqui? Vai ver, sou parte do que eu vi Vivi e experimentei O amigo bate à porta, mal chega e já sorri Tomamos um café Me ensina o que é viver De tanto não saber, viveu de gargalhar Tomamos outra dose, me espera pro jantar E os dias se repetem Mas tudo há de mudar Mas tudo há de mudar Mas tudo há de mudar Mas tudo há de mudar Tudo há de mudar Tudo, tudo, tudo, tudo, tudo há de mudar Tudo há de mudar Mas tudo há de mudar Tudo há de mudar