Não choreis nunca os mortos esquecidos Na funda escuridão das sepulturas Deixai crescer, à solta, as ervas duras Sobre os seus corpos vãos adormecidos E quando, à tarde, o Sol, entre brasidos Agonizar, guardai, longe, as doçuras Das vossas orações, calmas e puras Para os que vivem, nudos e vencidos Lembrai-vos dos aflitos, dos cativos Da multidão sem fim dos que são vivos Dos tristes que não podem esquecer E, ao meditar, então, na paz da Morte Vereis, talvez, como é suave a sorte Daqueles que deixaram de sofrer