É a sorte grande que não se pode ganhar É a ladainha que não se pode rezar Quando quebra o pote ele lhe sobe à cabeça Cheio de trapaças ele só quer que enlouqueça É nesse passo que eu vou Andando a pé que nunca passam de dois Pendurando no cabide toda preocupação Revestindo de azulejo as vias de contramão Voltando a comer em casa na boca da noite veloz Acalmando o temporal que sempre fica feroz É nesse passo que eu vou Andando a pé que nunca passam de dois Conquistando com o trabalho cada degrau desta vida Encarando na maré o temporal sem saída E seguindo as leis da vida, pra ir subindo de posto Deixando a mente ocupada não mata ninguém de desgosto É nesse passo que eu vou Andando a pé que nunca passam de dois