João Bosco do Nordeste

A Borboleta e a Flor

João Bosco do Nordeste


Todo dia de manhã, no jardim de um quintal
Com o Sol cobrindo o chão, eu saia a passear
Pousando em seus cabelos, eu ia mesmo, polinizar

Sou de tudo um pouco, você não me entende
Traço um passo um pouco torto, mas lhe dou um presente
Pois minha jornada é feita de cor
Paro, pouso em seus cabelos, multiplicando o amor

É, como está escrito: Não precisa de pressa
Desespero diz espera, leva tudo que dera
Como um vento forte quando sopra sem rumo
Inseguro da certeza esconde a cara no mundo

Sempre tem outras manhãs, pra que eu possa voar
Quem tem asa presa ao chão, na flor não vai poder chegar
Pousando em seus cabelos, eu ia mesmo, polinizar