Eu que não desdenho do pobre coitado Desesperado por um prato de arroz que procura no lixo Nas lixeiras brasileiras, tipo olho por olho E dente por dente de repente Brasileiros medianos vistos por medianos insanos estrangeiros E tudo mundo fala que tudo vai dar certo afinal Mas é claro que o medo não para a fome não passa A raiva é de graça, parece o caos na terra É a guerra que eu consumo tipo on Brazil Civilizados caminhamos todos sem o mesmo brio Encurralados na mesma historia que gira sem final Estavam certos os mortos que caíram sem ter chance Estavam certas as palavras que não foram ditas antes Brasileiros como essas crianças jogadas no lixo como pedaço podre de carne Sem preço elas ja não merecem a minha atenção? Se esse for o retrato da humanidade Não sei da vem, nem sei pra onde vão Mas é claro o problema não se acaba sozinho É preciso força saber pegar flor com os espinhos Se devolvessem a sua liberdade? Será que seria honesto com ela então Se esse for o retrato da humanidade Não sei da vem, nem sei pra onde vão E se devolverem a minha sanidade Prometo ser melhor, porque pior não da pra ser. Me diz você o que fazer, pra não me perder Se esse for o retrato da humanidade Não sei da vem, nem sei pra onde vão Mas é claro que o medo não para a fome não passa A raiva é de graça, parece o caos na terra É a guerra que eu consumo tipo on Brazil Civilizados caminhamos todos sem o mesmo brio Metade do que eu tinha a pra dizer agora eu já disse A outra metade eu digo quando estiver um pouco mais triste Somos da mesma laia, a responsabilidade e a mesma A que corta a carne com navalha, mas não se impressione De brasileiro que sou, orgulhoso que sou de ser brasileiro De brasileiro que sou, orgulhoso que sou de ser brasileiro De brasileiro que sou, orgulhoso que sou de ser brasileiro De brasileiro que sou, orgulhoso que sou de ser brasileiro