Deambulava pela cidade Atrás dos passos Tinha um sentido da liberdade Remotos espaços. Livre seguia no seu jardim Para si contando Histórias sem fim Fazia do lugar um respirar Algures dormia Algures comia A melodia Que assobiava para as calandras Perfumes raros Que exalavam as noites brandas Olhava os pássaros Sorriu assim E entendia o seu latim Bebia lento e contemplava O traço branco A boca molhava Muitos passos mede o mundo Assim me diz quem o sabe Será grande mas cabe Nos passos dum vagabundo Vagabundo das estrelas Já ninguém se importa ao vê-las Na esfera a cintilar.