Eu sou uma metamorfose descontente Que você mal pode ver Me engato num copo de dose E você me engole sem perceber Sobrevoo todas as cabeças Que pensam que sabem pensar Deitado num para-brisa Eu vou a qualquer lugar Comendo um caminhão de lixo Que o homem se recusa a reciclar Eu sou mosca de bar Me lanço numa larva feita tinta negra Perfeita pra te matar Me tomo numa sobremesa doce E a sopa quente que você vai tomar Um zumbido a beira do ouvido Noite silencia pra te perturbar Invado cabeças de merda Poluindo liderança cega Sei que nada me afeta Nem adianta me dedetizar Pois sempre irei lhe perturbar Eu sou mosca de bar Que todas as baratas invadam suas casas Que todo rato faça cria no teu sapato Que toda criatura mórbida saia da sua toca