Não sei por que estou aqui nem o sentindo da vida Descobri que há perguntas que não têm respostas Ainda assim vivo buscando-as como se pudesse achá-las Pra esquecer a dor que é não ter onde encontrá-las Porque eu sou, eu sou, sou um trágico homem moderno E eu vou, eu vou desvendar o meu próprio mistério Onde começo e termino é na existência dos outros É definindo quem eu não sou que me torno o oposto E enquanto sou o oposto não preciso ver em mim A imensa e infinita indagação sem fim Porque eu sou, eu sou, sou um maldito homem moderno E eu vou, eu vou inventar o meu próprio mistério O mistério está na alma, nos olhos do coração O que nos move não se vê O mistério é o princípio que dá vida à razão O que se sabe não se crê O mistério é a mola me impulsionando a viver