Foi você que me apontou o dedo Contou todos meus segredos Pregou aquela moral Foi você que diz que a paz é branca Que o fogo se estanca Me causou arritmia Tirou tudo que eu queria Ou não queria ter Agora Sem mais delongas Eu choro Todas opiniões que eu aturei Fechei pro mundo Sem fazer esforços Por um segundo Me vi prostrado ao limite profundo Do inconsciente sombrio O arquétipo quer Me deslocar Se olhar no espelho E enxergar marcas em tons de vergonha Permitiu o que criticava na história Não vi Passou tudo que senti E volta pra me tentar Abstinência não é só pinga pura Sinto a ressaca do que me pregou Prendeu na estaca minhas palavras A vergonha foi o que me restou Por não tomar certa atitude Como é que pude Ocultar tanto você Sem data marcada Ou prevista tocada Me fugiu e derramou Tudo que eu fui e sou Hei de ser Hei de ser Hei de ser O primo da luz é o segredo oculto De tudo que escondi na essência do Eu Que não é nada mais Nada menos que existir Me vi no espelho Reflexo Eu vi Me vi no espelho Reflexo Eu vi