Baixada do Rio dos Bois 12 do mês de Santana Sexta-feira quase um sábado Do ano que nos engana Compadre Miguel dos coxos Compadre velho sem pantinho Quem te escreve é Zé de Nunca O teu compadre Zezinho Pedindo logo licença Para falar das acontecencias Dizer que tim por tim tim Quem morreu foi estribado As bruaca tão de luto Aqueles gôzo adubado Faz três meses que não escuto Prenderam se Cisso Mofado Roubando Izabel do doce Bimaé desonerou-se Com choriço e queijo assado Flagraram Lisa brexando As partes de frei Nonando E nós tudo ajoelhado Bibi de Manel do cego Cheia de perequeté Já está toda soletrada Emparelhada com Dé Diz que é experimentada Quase quase diplomada Em doença de mulher As doenças da cornura Quase mata Zeneneu Corina foi em uma festa Mais Miró Pituca e eu Mode um copo de bebida Amostrou a perseguida E pituca pimba comeu A bichiguenta da Lola Largou de mão Zé Pinote Que morreu de um tropicão Com os kengos cheinho de mote A peste se enfeitiçou-se Por um cego endinheirado E o pobre caiu na teia Mas também com mulher feia Se deita com os olhos fechados Chegou lá no Piador Uma Feme trepadeira Um bascui nas aparências Mais forgada nas traseiras Já disse sem interesse Que femme com um rabo desse Só sendo meio estrangeira Chegaram lá pelas grotas Uns bancários do Brasil Oferecendo dinheiro Aos povo todo dali Midiram lá minhas terras Fizeram avaliação E me deram um tal de cheque Que não vale um tostão Mas segundo aqueles homens Quando o cara assina o nome Vale mais de 100 milhão Chegou também uns doutor Mode enganar as doenças Porque meu Deus quando quer Nem para os doutor dá licença Cuma se deu taquarmente Com a morte de de Bill Tenente Mode aquelas desavenças Os bruguelo de minalva Desaprendeu todo ensino Veve cheio de maricagem Vem todo se bulindo Já Nica de Zé Pompeu Tá o cão chupando manga Trabalhou com coronel Amigou-se com capanga Botou Gaia lá no peste Hoje dizem no agreste Que ele está soltando franga Minha rural 69 Só pega no empurrão Minha jumenta froditi Deu-me um coice no Grotão Eu lhe digo meu compadre Já não aguento nem metade De uma panha de feijão Tô com dor nos espinhaço Faz três meses que não amunto É uma dor é um cansaço Que quase me disconjunto Ô dorzinha desgramada Tô quase sem dar bimbada Sem risada e sem assunto Já estou ficando velho Rosa diz que eu já me fui Eu já gastei minha vida E a vida que ela possui É cuma disse meu pai Véi não se assenta Sem ai nem se alevanta sem ui Cumpade véi me adesculpe Só por dois dedos de prosa É que estou meio nervoso Sem verso sem mode closa Arreceba essas notícias E um abraço sem malícia Meu e de Maria Rosa