Trupizupe oia tu num me assusta com a fama da tua valentia porque esta macheza é freguesia e até nem me parece tão robusta uma boa palmada não me custa pois no fundo eu te acho delicado se tu és um valente escolado eu quebrei no cacete a tua escola o teu mestre saiu de padiola e teu supervisor invertebrado. No jardim de infância eu fui valente e o nome da escola era bufete no primário estudei no canivete no ginásio no bote de serpente como eu era um aluno inteligente logo cedo já tinha me formado Lampião tinha sido reprovado por froxura e por falta de frieza hoje, pós-graduado em malvadeza, vendo pena de morte no mercado. Eu sou topada de unha encravada Sou gilete no mei do tobogã Sou o flagra da foda no divã Sou feiúra dum talho de inchada Sou um choque no furo da tomada Sou ferrugem na agulha de injeção Sou judeu se vingando de alemão Cata-vento voando num comício Sou a falta de droga num hospício Queimadura de larva de vulcão. Sou rolo compressor desgovernado Libanês dirigindo um carro-bomba Sou uns 300 quilos de maromba Despencando do braço levantado Sou carrasco esperando um condenado Sou a queda fatal da guilhotina Metralhada cruel de uma chacina Marretada no dedo polegar Eu sou o fósforo acesso pra fumar Que explodiu o tambor de gasolina. Eu sou a folha perversa da urtiga Despontando no vaso sanitário Querosene na mão do incendiário Solitária mexendo na barriga Sou machado afiado numa briga Sou o chifre botado em Romeu Sou Menguele com raiva de judeu Sou o tiro certeiro do arpão Sou a aids injetada no machão Que enlouquece jurando que não deu. Eu sou navalha na mão de delinqüente Jacaré triturando um caçador Tirotei dentro dum elevador Araldite numa escova de dente Eu sou ninho de cobra num acidente Sou ladrão seqüestrando um delegado Comeine depois do atentado Sou 500 mil watts de energia Sou tesoura cruel de cirurgia Que ficou na barriga do operado. Eu sou o estouro brutal de uma boiada Sou a fúria de um tubarão faminto Cão de guarda trancado num recinto Sou três tapas depois de uma facada Eu sou rinoceronte em disparada Explosão de usina nuclear Sou mudança que cai do décimo andar Sou o corte inflamado do punhal Cianureto maior que sonrrisal Que o nazista obrigou a mastigar. Eu sou o maior beliscão do alicate Maçarico cortando gente ruim Tiro ao alvo na cara de Delfim Criolina na sopa de tomate Eu sou o pênalti perdido num empate Sou scania sem frei na contramão Gente besta coberto de razão Matador disfarçado de molengo Sou torcida irada do flamengo Perseguindo o juiz que foi ladrão. Eu sou explosão de foguete iraniano Que subiu carregado de safado Sou negrada invadindo o senado Dando o golpe em galego africano Peixerada de paraibano Sou mijada na cara do doutor Instrumento de esquartejador Sou engasgo com bola de sinuca Eu sou o tiro certeiro de bazuca Que matou o infeliz do ditador Trupizupe prepara a tua cova é chegado o dia da decisão vai fazer tua última comunhão pois eu já preparei a tua prova de arame farpado vai ter sova vai lembrando do teu aprendizado pois eu já to ficando endiabrado só de raiva já dei um saculejo dei até beliscão num azulejo mas ainda não to mal-humorado.