Jeferson de Almeida

Reservada Raposa

Jeferson de Almeida


Ninguém ficara na moura
Afamada nos rodeios
Agora esta ali a maula
E o ginete do sorteio

Estava agarrada a moura
Ajeitada pra montaria
O ginete trança a crina
E um suor gelado arrepia

A maula cheirou a terra
A tala riscou-lhe o couro
A espora sorriu vermelha
Do sangue quente da moura

O ginete era cascudo
Pediu por nossa senhora
E quando a maula ia ao céu
O taura grudava a espora

Descia num paletaçona
Até a sombra ela engana
Pega no giro a tramposa
E o tempo ta na campana

Mas o baile continuava
Maula e ginete dançando
Por uma volta de honra
Ou pra desonra do mango

Enfim tocou a campana
E a gineteada acabou
O premio e a volta de honra
Foi o taura que levou