Aux quatre coins de France, émanant je suppose De maris rancuniers par la haine conduits Le bruit court que j'atteins l'heure de l'andropause Qu'il ne faut plus compter sur moi dans le déduit O n'insultez jamais une verge qui tombe Ce n'est pas leur principe, ils crient sur tous les tons Que l'une de mes deux est déjà dans la tombe Et que l'autre à son tour file un mauvais coton Tous ces empanachés bêtement se figurent Qu'un membr' de ma famille est à jamais perclus Que le fameux cochon, le pourceau d'epicure Qui sommeillait en moi ne s'éveillera plus Ils me croient interdit de séjour à cythère Et, par les nuits sans lune avec jubilation Ils gravent sur mon mur en style lapidaire Ici loge un vieux bouc qui n'a plus d'érections Ils sont prématurés, tous ces cris de victoire O vous qui me plantez la corne dans le dos Sachez que vous avez vendu les génitoires Révérence parler, de l'ours un peu trop tôt Je n'ai pas pour autant besoin de mandragore Et vos femmes, messieurs, qu' ces jours-ci j'ai reçues Que pas plus, tard qu'hier je contentais encore Si j' n'ai plus d'érections, s'en fussent aperçues A l'hôpital saint-Louis, l'autre jour, ma parole Le carabin m'a dit, on ne peut s'y tromper En un mot comme en cent, monsieur, c'est la vérole Si j' n'ai plus d'érections, comment l'ai-je attrapée? Mon plus proche voisin n'aim' que sa légitime Laquelle, épous' modèle, n'a que moi pour amant Or tous deux d' la vérole, ils sont tombés victimes Si j' n'ai plus d'érections, expliquez-moi comment? Mes copains, mon bassiste et tous ceux de la troupe En souffrirent bientôt, nul n'en fut préservé Or je fus le premier à l'avoir dans le groupe Si j' n'ai plus d'érections, comment est-ce arrivé? Minotaures méchants, croyez-vous donc qu'à braire Que mon train de plaisir arrive au terminus Vous me cassiez mes coups? Au contraire, au contraire Je n'ai jamais autant sacrifié à vénus Tenant à s'assurer si ces bruits qu'on colporte Ces potins alarmants sont ou sont pas fondés Ces dames nuit et jour font la queue à ma porte Poussées par le démon de la curiosité Et jamais, non jamais, soit dit sans arrogance Mon commerce charnel ne fut plus florissant Et vous, pauvres de vous, par voie de conséquence Vous ne fûtes jamais plus cocus qu'à présent Certes, elle sonnera cette heure fatidique Où perdant toutes mes facultés génétiques, je serai sans émoi Où le septième ciel, ma plus chère ballade Ma plus douce grimpette et plus tendre escalade sera trop haut pour moi Il n'y aura pas de pleurs dans les gentilhommières Ni de grincements de fesses dans les chaumières Faut pas que je me leurre Peu de chances qu'on voie mes belles odalisques Déposer en grand deuil au pied de l'obélisque quelques gerbes de fleurs Tout au plus gentiment diront-elles, peuchère Le vieux priape est mort, et, la cuisse légère, le regard alangui Elles s'en iront vous rouler dans la farine De safran, tempérer leur fureur utérine avec n'importe qui Et vous regretterez les manières civiles De votre ancien rival qui, dans son baise-en-ville Apportait sa guitare Et faisait voltiger en gratouillant les cordes Des notes de musique à l’entour de vos cornes Mais il sera trop tard! Pelos quatro cantos da França, emanando, suponho De maridos rancorosos, levados pelo ódio Corre o boato de que cheguei à hora da andropausa Que não se pode mais contar comigo no jogo amoroso Oh, não insulteis jamais uma vara que cai Não é o lema deles, gritam em todos os tons Que um dos meus dois já está no túmulo E que o outro, por sua vez, está numa situação cada vez mais grave Todas essas cabeças ornadas bestamente imaginam Que um membro de minha família está impotente para sempre Que o famoso suíno, o porco de Epicuro Que cochilava dentro de mim não despertará mais Acreditam-me proibido de temporada em Citera E, pelas noites sem lua, com júbilo Gravam no meu muro, com estilo lapidar “Aqui mora um bode velho que não tem mais ereções. ” Todos esses gritos de vitória são prematuros Oh, vós, que me enfiais o chifre pelas costas Sabei que vendestes os culhões, com o perdão da palavra Do urso um pouco cedo demais Nem por isso preciso de mandrágora E vossas mulheres, senhores, que andei recebendo por estes dias Que, ontem mesmo, eu ainda contentava Se eu não tivesse mais ereções, teriam percebido No Hospital São Luís, outro dia, palavra de honra O residente disse-me: “Não há engano! Numa só palavra, como em cem, senhor, é sífilis. ” Se já não tenho ereções, como foi que a contraí? Meu vizinho mais próximo só ama a sua legَítima A qual, esposa-modelo, só tem a mim como amante Ora, ambos foram vítimas da sífilis Se já não tenho ereções, expliquem-me como Meus colegas, meu contrabaixista, e todos da minha trupe Logo também a pegaram, ninguém foi preservado Pois bem, eu fui o primeiro a tê-la no grupo Se já não tenho ereções, como isso foi acontecer? Minotauros malvados, achais, então, que ao zurrardes Que meu trem de prazer está chegando ao terminal Vós chutais o meu balde? Pelo contrário, pelo contrário Nunca sacrifiquei tanto a Vênus Fazendo questão de saber se os rumores que se espalham Essas fofocas alarmantes são ou não são fundadas Essas senhoras, dia e noite, fazem fila à minha porta Levadas pelo demônio da curiosidade E nunca, não, jamais, seja dito sem arrogância Meu comércio carnal foi tão florescente E vós, coitados de vós, por via de consequência Vós nunca fostes tão chifrudos quanto agora Claro, soará essa hora fatídica Em que, perdendo todas as minhas faculdades genéticas, ficarei sem excitação Em que o sétimo céu, meu mais caro passeio Minha mais doce galgada e mais terna escalada Será alto demais para mim Não haverá choro nas mansões no campo Nem ranger de nádegas nas choupanas Não devo iludir-me Há pouca chance que se vejam minhas belas odaliscas Depositar, num luto fechado, ao pé do obelisco, algumas coroas de flores No máximo, gentilmente, elas dirão: Que pena! O velho Príapo morreu! E, com a coxa leve, e o olhar lânguido Elas vão enrolar-vos em farinha de açafrão Temperar seu furor uterino com qualquer um E vós lamentareis as maneiras civis De vosso antigo rival que, na sua frasqueira Levava o violão E, arranhando as cordas, fazia esvoaçarem Notas de música em volta de vossos cornos Mas, será tarde demais!