Voltamos outra vez ao estágio inicial E como de costume o tempo insiste em parar E é tudo tão normal Minh'alma tende a friccionar meu corpo por todos os muros do quintal Meu sangue jorra cada dia mais Meu sangue pede uns minutos mais Talvez, talvez se for a minha dor Minha barbatana batendo na porta do mal Olha o sol de verão Fazer sombra no jardim e a bater no portão arrastando-se Olha o sol de verão Bate a porta contra mim e a sobrar no porão Meus olhos se jogaram de um oitavo andar Lembrando o dia em que eu morri pela primeira vez Eu nunca vim aqui Nem sei o lado em que estava quando acordei na capa do jornal Meu sangue jorra cada dia mais Meu sangue pede uns minutos mais Talvez, talvez se for a minha dor Minha barbatana batendo na porta do mal Ei, não vou nunca mais precisar limpar o que eu sujei Um ano se passou Minha cabeça abriu e desde então sumiram todas as preocupações Aqueles dias ruins foram um motivo a mais Pra minha alma fugir desse corpo.