Quisera ser de outros tempos De d'antes, de muito d'antes Quando os centauros Andantes amanheciam na luta Quisera ter sido o tombo do primeiro sobrelombo Na primeira reculuta Quisera ter sido o ronco da cordeona mau domada Num bochincho de ramada se agradando pouco a pouco Quisera ter sido o chasque do feiticeiro charrua Marcando um quarto de Lua pra que o gaúcho chegasse Quisera andar pelas covas e furnas com o índio Blau Pra vencer as sete provas dos feitiços do Jaráu Quisera ser a chispiada do fogaréu de um corisco Deixando apenas o risco na grama recém oreada Quisera ser a clavada de luz coloreando o sangue No matambre do infinito Quando prenderam o grito e amanheceu o Rio Grande