Jayme Caetano Braun

Nobre Tupambaé

Jayme Caetano Braun


Veio da mesma vertente da velha estirpe chilena
Sob a orientação serena do vilson souza experiente
O melhor do continente na doma e no arrocino
Coisas além do ensino que só vivendo se alcança
Com toda a certeza a herança de algum centauro beduíno

O nobre flete rosilho de cabeça requeimada
Evoca uma paleteada quando o pago era potrilho
Do primitivo novilho alçado no campo nu
Onde sepé tiarajú na manta de algodão
Projetava no futuro o primeiro "paisandú"

Rosilho que quando anda fica mais leve que o vento
E apenas no pensamento uma criança comanda
Quando tranqueia se agranda pisando a grama por farra
Daqueles que quando esbarra deixa um ponteio no ar
E a gente chega a escutar um rasguido de guitarra

Ganhou seu primeiro freio mostrando como era touro
Pois ganhar um freio de ouro neste rio grande é um asseio
Ali no parque de esteio, na barranca do guaíba
E subindo mais arriba como quem sobe pra o céu
Trouxe o segundo troféu dos pagos de curitiba

O freio internacional com vilson souza de novo
"La maula" que me comovo com esse amigo fraternal
O rosilho sem igual que nuvem nenhuma encobre
Onde concorre esse nobre acaba sempre vencendo
E o povo fica sabendo: -não existe china pobre

Vilson souza, don osvaldo, dois índios garrão de tuna
Eu não invejo fortuna mas nessa lida me empardo
Pelo respeito que guardo ao carisma dessa marca
Porque esse flete monarca é do pêlo que eu encilho
Um dia o mundo tordilho vai acabar afundando
E eu quero escapar nadando no lombo desse rosilho!