A terra que eu carpo Tem erva daninha Devia ser minha Por lei de família E os sonhos que eu sonho Também deveriam Se a Pátria que eu amo Fizesse a partilha Dos tempos que andam, Ficaram fazendas Porém os que mandam Só pensam em vendas A terra de todos Pertence a tão poucos Talvez porque tantos Deixaram que seja Não há quem proteja De abusos e agravos E o canto dos bravos Quer pátria pra todos Distante dos lodos, Saraus e conchavos E o céu desta terra, Será que venderam? A herança mais bela Da flor amarela Da nossa fortuna Se a própria laguna Tem céus dentro dela Sinuelo dos tauras, Bandeira dos livres, Eu sinto que vives Flaneando nas almas Aos incréus que dirigem Inspira e acorda Com a luz que recorda O berço e a origem