Adeus as cruzes dos potros E minha vida na espora No braço que me sustenta, No escarcéu campo á fora Adeus ao galpão antigo O aroma da maçanilha Ao ritual da ave maria O velho rádio de pilha Adeus ao meu bichará Com a lã crua do ideal E o bufo lá do potreio Do meu baio ainda bagual. Como era simples meu mundo Na voz de algum payador Banho de sanga e pitanga E campos bordados em flor Assim olhava o universo Do meu rancho na janela, Era andarilho meu sonho Mas parava na cancela Um dia fui mais adiante Cruzei e varei estradas Andei,andei pelo rumo Que apontava a madrugada Sorvi o apojo das ruas, E descobri seus segredos Tardes de angustias e saudade, Noite de insonia e de medo Depois que fui vida e morte De um mundo que me estropiou, Eu acordei desse sonho De quem foi mais voltou