Buçal trançado a capricho Tento a tento destinado Um par de rendilha larga e um bocal bem apertado Um paisano minhas confianças Um chergãozito dobrado Arrasto os garfo pachola Alço a perna e to sentado Por ser pregado nos bastos Me chamam pelego atado Então encilho o rosilho O baio, o mouro e o tostado Me acomodo e solto o verbo Num sapucai desdobrado Acompanhando o balanço O mango surra alternado E as esporas talareando Num repicar debochado É o Rio Grande que renasce No lombo de um desbocado E vou bem perto do céu Centro de toda existência Ainda tapeio o chapéu Num gesto de reverencia E o maula batendo os pulso Num rasgo de prepotência Vou fazendo dos meus bastos Um altar de confidência Rezando um terço pro pago Pedindo paz na querência E a paz lembra o silêncio Que ronda o vazio do ninho O peito se não amanso Não pousa nem passarinho Encilho o mouro tapado Misto de flor e espinho Bem tosado cola e crina Até o cabelo do maxinho E vou campear no Canta Galo Um enfeite pra o meu ranchinho