Nos olhos tristes dos homens humildes Que ergueram querências para todos nós Há uma denúncia de pátria morrendo E o tempo gemendo no timbre da voz Criaram a pátria mimada no colo Raízes no solo, taquaras ao vento Iguais sinamomos com ocos da vida A casca franzida, roídas por dentro Vontade cansada, fraquejam os brios Nos rostos sombrios, barbas de moirão No gesto, a amplidão de várzea pampeana E mel de lixiguana no coração No gesto, a amplidão de várzea pampeana E mel de lixiguana no coração É desses humildes que falam meu verso Por ele, converso chamando a razão Respeitem o jeito de um ser de a cavalo Eu sei do que falo, tenho rédeas na mão É desses humildes que falam meu verso Por ele, converso chamando a razão Respeitem o jeito de um ser de a cavalo Eu sei do que falo, tenho rédeas na mão Opacas auroras num mate lavado Fogão apagado, cambona que esfria Morada vazia, adeus na porteira E a vida povoeira pro resto dos dias São tantos olhares e mão calejadas Perdidos na estrada de um rumo melhor Cresceram saudades, minguando esperança E a vida se canda lambendo o suor Tisnaram os sonhos dos nobres rurais Esteios morais deste sul brasileiro Semearam taperas, trocaram valores Pelos corredores, se mudam campeiros Semearam taperas, trocaram valores Pelos corredores, se mudam campeiros É desses humildes que falam meu verso Por ele, converso chamando a razão Respeitem o jeito de um ser de a cavalo Eu sei do que falo, tenho rédeas na mão É desses humildes que falam meu verso Por ele, converso chamando a razão Respeitem o jeito de um ser de a cavalo Eu sei do que falo, tenho rédeas na mão É desses humildes que falam meu verso Por ele, converso chamando a razão Respeitem o jeito de um ser de a cavalo Eu sei do que falo, tenho rédeas na mão É desses humildes que falam meu verso Por ele, converso chamando a razão Respeitem o jeito de um ser de a cavalo Eu sei do que falo, tenho rédeas na mão