Ao passo em cabela no ventre fecundo Do pelo que manda a herança que tem E a brasina que ao largo de uma invernada Se apronta pro parto no agosto que vem Ao quarto de lua que aprenha completa Despeja o terneiro sem ser partejada E a pampa renasce num berro sentido Que acorda distâncias pela madrugada O vento levanta a geada no campo E levanta o brasino coiceando a macega Se a sombra do vulto do páreo cavalo Asim por instinto de pronto se nega Na cura do umbigo e na capa da cama Se traça o destino que amargo se apronta Tristeza pra os olhos do homem campeiro É mais um terneiro a seguir ponta a ponta Se vão primaveras e outros brasinos Engordam no campo cumprindo sua cina Pra que o sol de maio clareie seus touros Mas na triste visagem de carnal pra cima O vento levanta a geada do campo E levanta o brasino no rumo que aponta Tristeza pra os olhos do homem campeiro É mais um terneiro a seguir ponta a ponta De ponta a ponta De ponta a ponta