Será que o piazedo Recém pelechado Não sabe de nada Eu acho que sabe Tem mais horizonte Que aquele de ontem De infância maneada Com todo respeito A crina prateada Terneiro do cedo Tem quarto e papada Cerrou sobre ano Berrou na invernada É um quadro presente Da hora precoce Exigem a posse Que é deles realmente É a voz experiente Que sabe da lida Que sabe da vida Porque não consente O índio mais rude Tenteia a memória No curso da história Plantou-se a virtude Cultura, saúde, relíquia de avós E nunca uma voz gritou Juventude Ao canto dos galos As gotas de orvalho São chuvas que chovem Se o tempo é dos jovens Porque não prová-los Tem mais horizonte Que aquele de ontem