Roubas tempo ao dia como a noite que não precisas Tens a cabeça a latejar com discursos confusos Tens pouco espaço pra tratar de assuntos difusos Perdes horas a falar com estranhos, improvisas Há milhares de livros na estante que tu queres ler Na esperança de inspiração que tu precisas pra escrever O vinho espera no copo, rouba a vontade de fazer Entre falar e beber há sempre tempo pra viver É no tempo que há entre o copo e o cigarro Ganhas ao frio e olhas pra Lua É esse o tempo em que procuras O momento em que te agarro E ponho a boca em frente à tua E digo que está quase a acabar Esta noite, que é mais dia a começar Esta noite, que é mais dia a começar Esta noite, que é mais dia a começar