Vida rotineira, amassado, estressado “Sem vontade de viver” É o que todos gostam de dizer Certo dia, preocupado, olhei de lado Me deparei c’um emaranhado de sentimentos Cria embelezada Experiências enlatadas Sem vontade de sofrer Os fungos vão me corroer Claro, sou maculado e errado Concluí que é tão maturado seu julgamento Ah! Fumando um cigarro Sem ter o que fazer To cansado, saco cheio, De ter o que fazer Andando, sentado ou Fumando um cigarro To buscando algum prazer Cair na gandaia Não curará esses males Que assombram o meu ser Sentí-los é o meu dever E tão, desamparado, assustado Ao mesmo tempo que massacrado pela transparência Vergonhas expostas, pregado foi meu tato Mal consigo me conter, Até aí é só ver pra crer E tão desacostumado com o fardo Que é lidar com este inventário de pesadelos Ah! Fumando um cigarro Sem ter o que fazer To cansado, saco cheio, De ter o que fazer Andando, sentado ou Fumando um cigarro To buscando algum prazer