Um cansado viajante que atravessava um deserto De pó e suor coberto com sede e arquejante. Nisto avistou uma palmeira ao desenhar-se no horizonte E na sombra hospitaleira bebeu água na pura fonte. Cansado e aborrecido fez partir do coração Uma prece e uma oração que Deus ouviu comovido E dormiu profundamente tempos que eu não sei dizer E ao despertar brandamente; só despertou para morrer. O viajante era eu, o deserto era esta vida A palmeira eras tu querida a sombra, um sorriso teu Tu'alma era fonte serena, teu amor era água pura Resta-me gentil morena aos teus pés na sepultura.