Hoi galito vento reiuno que vem se trompa na quincha Deste rancho renegado donde habita a solidão E no mate algum galpão solito amargando espera Que esta flor da primavera plantou no meu coração Por que as noites se alongam, quando o catre está tapera? Porque o silêncio murmura, quando me encontro na espera? Campos onde o alambre faz divisa E o vento avisa a solidão que se fez rancho Olhar cansada de rondar pelas estradas A tua chegada que se fez sonho carancho A noite bate e a solidão lava o mate E eu me encarango sem teu poncho solidão Andar sozinho é ter silêncio por tapera Que a alma bugra fez vazio o meu coração Quando a tarde engole o dia e a lida não vai se findar Galopeio rumo ao rancho na espera que a minha linda Num olhar de boas vindas me alcançasse um mate novo Me paro e me dou por conta que estou sonhando de novo