Das invernias da pampa busco o calor do braseiro E o rancho exala um cheiro da flor que sonhara ter Como é lindo um bem querer pra quem domou corredores Repartir mágoas e dores nos braços de um outro ser Meus sonhos de peão humilde são simples de se entender Um ser sem ter outro ser é um andar sem destino É o mesmo que andar teatino na solidão dos andantes Tal qual estrela distante no céu de um pampa sulino Feliz do peão que regressa ao rancho Num fim de tarde com sol já posto Sonhando beijar-lhe o rosto Junto a cancela da frente É lindo o que a gente sente Quando ela alcança o mate São dois corações que batem No catre que espera quente O que mais pudera querer quem tem um rancho e um amor E sonhos ainda em flor que hão de frutificar A mim basta só amar e a vastidão dos caminhos Um rancho, um catre e carinhos. E os invernos pra sonhar